A minha caminhada até à Claire começou na minha cidade natal, Milwaukee, Wisconsin, quando estudava na Milwaukee High School of the Arts, seguindo os passos da minha irmã e do meu irmão. Já naquela altura, interessava-me muito por viajar, explorar novos lugares, conhecer pessoas e descobrir culturas de todo o mundo. Conheci a Claire por através de amigos em comum. Foi um momento breve, mas inesquecível: entre as aulas, à porta do ginásio, conversámos sobre Portugal; onde era e como era. O seu olhar curioso e genuíno ficou comigo muito depois daquele dia. Aquele momento foi há mais de 15 anos, por isso não me lembro de todos os detalhes, mas nunca o esqueci. Mantivemos uma ligação fraca nas redes sociais e, ao longo dos anos, fui acompanhando as suas fotos e histórias incríveis. Admito que tive uma pequena queda pela Claire durante aquele ano em Milwaukee, o que provavelmente explica ela ter ficado na minha mente. Anos depois, decidi enviar uma mensagem. Foi um bocado estranho; escrevi algo do género: "Oi, como vai a vida? Não sei se te lembras de mim, mas por algum motivo, pensei em ti no outro dia.” Não foi a frase de abertura mais suave, mas funcionou. Começámos a conversar aqui e ali, e quando terminei a licenciatura, decidi dar um salto de fé e viajar  para a Europa e fazer o Caminho de Santiago. Fiz planos para me encontrar com a Claire em Portugal. Não havia expectativas, apenas uma esperança de me reconectar com alguém extraordinário e descobrir o lugar incrível a que ela chama de casa.